sábado, 14 de maio de 2011

OPERAÇÃO ANTISSEPSIA - SAÚDE

Os diretores do Instituto Gálatas, Silvio Luz Rodrigues e Gláucia Chiararia, confirmaram, em depoimento prestado na manhã desta sexta-feira (13), ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, o pedido de propina de agentes públicos. Os dois haviam prestado depoimento na quinta, mas voltaram a ser ouvidos e, desta vez, colaboraram com as investigações.

Em entrevista à RPCTV Londrina, o advogado deles, André Cunha, disse que eles foram procurados por agentes públicos que pediram dinheiro para a liberação dos repasses da Prefeitura que estavam atrasados. Sem citar nomes ou valores, o advogado apenas informou que o pedido é semelhante ao feito para o instituto Atlântico, ao entorno de R$ 120 mil.

Como passaram a colaborar com as investigações, a defesa de Rodrigues e Glaucia espera que eles tenham as prisões revogadas. As prisões temporárias dos diretores do instituto Gálatas e mais onze envolvidos termina neste sábado.

Nesta manhã, a mulher do ex-procurador Geral do Município Fidélis Canguçu, que também está preso, Joelma Canguçu também foi ouvida pelo Gaeco. Outros depoimentos dever ser tomados ao longo de todo o dia.

A operação

Quatro dos 15 presos na Operação Antisepsia, realizada na terça-feira (10) em Londrina, foram liberados por estarem contribuindo com as investigações, segundo o promotor Cláudio Esteves. Na ação, o ex-procurador Geral do Município, Fidélis Canguçu, foi preso. Ele foi exonerado do cargo depois do anúncio da prisão.

Dezesseis mandados de prisão (um dos investigados não foi encontrado) foram cumpridos. Foram apreendidos R$ 20 mil em dinheiro com Canguçu, além de três armas e diversos documentos na Procuradoria, no prédio da Prefeitura e nos institutos. Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Londrina, Cambé, Arapongas, Bela Vista do Paraíso e Jataizinho.

A investigação começou há quatro meses, por conta de denúncias de empresários que teriam sido procurados para dar notas fiscais frias para justificar serviços prestados pelas Oscips. Segundo ele, nenhuma denúncia partiu do poder público municipal. As pessoas presas são acusadas de envolvimento com um esquema de desvio de recursos públicos e corrupção de agentes públicos da área da saúde. Eles teriam ligação com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Instituto Gálatas e Atlântico, que estariam justificando pagamentos com notas fiscais “frias”.

O papel de Fidélis Canguçu no esquema seria o de fazer a abordagem aos institutos para cobrar a propina, segundo depoimentos prestados na tarde desta terça-feira. A moeda de troca para receber a propina seria a liberação dos pagamentos dos valores pelos serviços prestados. Um dos institutos teria pago em torno de R$ 120 mil de propina a Canguçu.

Fonte: JL

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