terça-feira, 10 de maio de 2011

JORNAIS DIVULGAM CORRUPÇÃO

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (10), o promotor do Gaeco, Claudio Esteves, explicou detalhes da Operação Antisepsia que resultou na prisão do procurador-geral do município, Fidelis Canguçu, e outras 14 pessoas. De acordo com o promotor, os institutos Atlântico e Gálatas, contratados em caráter de urgência para prestar serviços na área da saúde em Londrina, desviaram recursos superfaturando valores ou obtendo notas frias para justificar serviços não prestados. Por consequência, o dinheiro arrecadado a mais foi usado para pagar propina a agentes públicos.

Esteves informou que além da prisão de 15 pessoas, diversos documentos foram apreendidos. O promotor não quis especular o total de dinheiro desviado nem qual teria sido a participação de cada um. Ele apenas se limitou a falar da existência do crime.

"A nossa suspeita é de que parte dos recursos pagos pelo municipio para a prestação do serviço não tenham sido empregados para a finalidade que se destinava".

A partir de agora, todas as pessoas presas serão ouvidas e os documentos passarão por análise para que a denúncia seja feita pelo Ministério Público. Só ao final da investigação é que os detalhes da participação de cada envolvido e como eles agiram serão conhecidos. Eles podem responder por diversos crimes, entre eles formação de quadrilha e quadrilha.

Na investigação do Gaeco, o promotor disse que não foram encontrados indícios de que o prefeito Barbosa Neto (PDT) teria participado do esquema. Porém, Claudio Esteves declarou que o prefeito pode eventualmente ser chamado para depor, por ter informações importantes para a investigação.

Na operação desta manhã, também foram apreendidos dois veículos, que estariam sendo transferidos para o nome da esposa de Fidelis Canguçu, três armas e cerca de R$ 20 mil que não faziam parte do objeto da investigação.

Presos na Operação Antisepsia: O procurador-geral do município, Fidelis Canguçu; sua mulher, Joelma Aparecida da Silva; o presidente do instituto Gálatas, Silvio Luz Rodrigues Alves; sua mulher, Glaucia Chiariaria; o presidente do instituto Atlântico, Bruno Valverde; Marcos Rato, Joel Tadeu Correia, Claudecir Antônio Lambert, Gustavo Henrique, Tiago Marcelo, Andre de Oliveira, David Garcia Assis, Wagner Cecil da Silva , Lucas Modesto e Admilson Antonio Maranin


Fonte: Folha de Londrina

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