Entre os dias 10 e 15 de outubro, Londrina registrou um grande volume de chuvas, que chegaram a causar destruição em vários pontos da cidade. Nesta terça-feira (25), choveu forte novamente e o acúmulo de água das precipitações já triplicou o número de focos de dengue. A afirmação é do coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Elson Belisário.
"A gente fala em focos porque não temos resultados do laboratório, mas as visitas de rotina mostram que aumentou bastante. As áres mais críticas são o Jardim Bandeirantes, com muitos focos nas residências e fundos de vale; no Ney Braga; no Lindoia e Mister Thomas por causa dos fundos de vale; e no São Jorge pelo acúmulo de lixo", informou.
Belisário contou que no dia 16 de outubro, assim que as chuvas cessaram, os agentes de endemias fizeram um trabalho intensivo nos bairros para destruir os focos. Se a eliminação deu resultado só será constatado com a realização do novo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRA), que será feito a partir do dia 7 de novembro.
Londrina ainda continua com um número de agentes de endemias abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde e o problema deve persistir durante o final do ano. "Nós temos 179, parece-me que tem 53 na lista de convocação do teste seletivo, mas desses geralmente aparecem apenas uns 20. Ainda estamos tentando contratar 40 de forma direta, para chegar a um número próximo dos 230 necessários", disse.
A chefe da 17ª Regional de Saúde, Djamedes Garrido, afirma que o número de 230 já foi ultrapassado e que o Ministério da Saúde pede 249 profissionais para Londrina. "Nós estamos alertando a vários meses sobre a questão do número de agentes. Mas a situação mais grave é a questão dos resíduos sólidos. Eu vou colocar novamente essas questões na reunião desta quinta-feira (27) do Conselho Municipal de Combate à Dengue", comentou.
A gestão do lixo já foi pauta da reunião do conselho. O Ministério Público cobrou agilidade da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e da Secretaria Municipal do Ambiente na coleta dos resíduos sólidos, na última reunião realizada no dia 9 de setembro.
Djamedes acredita que caso não haja soluções rápidas, o município terá uma epidemia de dengue ainda maior. "As chuvas estão aí, nós temos os focos e isso vem com um agravante este ano. Porque se comparar com 2010, nós temos a presença do vírus tipo 4 no Paraná. Se isso chegar realmente a acontecer em Londrina, o risco de dengue hemorrágica e óbitos é muito maior", alerta.
Fonte: O.diario.com
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