quarta-feira, 22 de junho de 2011

SAÚDE

Quinze dias após decretar estado de calamidade na saúde, a Prefeitura de Londrina não consegue livrar o setor de um “apagão”, mesmo com a contratação de 503 dos 504 médicos, enfermeiros e auxiliares anteriormente empregados sob responsabilidade dos institutos Atlântico e Gálatas, flagrados em corrupção na gestão dos serviços com a participação de agentes públicos municipais. Após pedido do JL, a secretaria negou-se em responder sobre a composição atual das equipes do Programa Saúde da Família (PSF), Samu e Sistema de Internação Domiciliar (SID).
Durante a semana, faltaram médicos em várias das 62 unidades básicas de saúde (UBSs), como no Jardim União da Vitória (zona sul) e Distrito de Guaravera (zona rural sul). No PAM, a falta de médicos nas unidades de bairro espalhadas pela cidade tornava-se ainda mais evidente.
Nas mãos do trabalhador braçal Francisco Vanderlei da Silva, 50, uma prova do caos no sistema. Ao pedir um atestado para exibir à empresa, um funcionário do PAM, por escrito, registrou que Silva chegou na segunda-feira às 14h11 e permaneceu até 21h05 dentro da unidade – quase sete horas de espera para avaliar uma dor nas costas. Foi atendido às 20h48 e 18 minutos mais tarde estava liberado. Mas teve que voltar ontem para uma nova espera. “Só vim aqui porque não estou mais aguentando a dor. Até para respirar dói”, conta o trabalhador. Silva foi obrigado a se deslocar ao PAM porque o único médico da unidade do Jardim Cafezal não conseguia atender a todos. “Um abuso, um abuso”, repete.
No PAM, ontem, havia apenas dois médicos e uma multidão à espera. A coordenação da unidade não quis atender o JL. Após as 18 horas, o secretário executivo Márcio Nishida e a secretária de Saúde, Ana Olympia Dornellas, estavam com os celulares desligados e não foram localizados.

Policlínica

Também sem médicos suficientes, a Policlínica (zona oeste) está às moscas. Nos últimos 15 dias, pelo menos 5 das 10 especialidades e tratamentos existentes estão sem atendimento, diante da falta de profissionais. Faltam até funcionários administrativos para encaminhar documentos e remarcar as agendas de consultas. Dos cinco funcionários administrativos restou apenas um, após a “municipalização”.
Fonte: JL

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