A morte de um jovem que faleceu depois de ter passado por um buraco no Residencial Quadra Norte, no último sábado (11), suscitou novamente o problema do desgaste do asfalto em Londrina. A reclamação da população de ruas esburacadas é constante. A discussão envolveu até o legislativo municipal que recebe diariamente pedidos e reclamações da população para asfaltamento.
A vereador Lenir de Assis (PT) chegou a requisitar à Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação a agenda da Usina de Asfalto para saber a capacidade de ação de fabricação e colocação da massa asfáltica. O secretário municipal de Obras e Pavimentação, Aguinaldo Rosa, acredita que a solicitação da população é justa, mas já adianta que faltam recursos, mão de obra e infraestrutura para resolver o problema de todo o município.
No início do mês de maio, Rosa já havia informado à reportagem de odiario.com que aguardava a contratação de funcionários para diminuir a capacidade ociosa da usina. Um mês depois, ele ainda aguarda o resultado do concurso público que deve nomear novos asfaltadores, operadores e motoristas. Mas a chegada dos novos servidores não vai resolver o alto número de buracos nas vias públicas, pois ainda faltam recursos para as obras.
"O prefeito tem buscado recursos federais e estaduais. Nós estamos correndo atrás de recursos, uma dia economizando aqui e buscando de outro. Mas para acabar com o problema da pavimentação em toda Londrina seriam necessários uns R$ 200 milhões, dinheiro que nós não temos", informou. Para dinamizar o trabalho e vencer a falta de mão de obra e maquinário, o secretário disse que vai terceirizar parte do serviço.
O plano é lançar um edital até a próxima semana para contratar algumas empresas e dividir a cidade em áreas. Rosa acredita que isso baratearia o custo do asfaltamento, deixando mais servidores disponíveis para a produção de massa asfáltica, enquanto as empresas fariam a pavimentação.
Questionado sobre o perigo de terceirizações, visto os últimos problemas enfrentados na área da saúde com desvio de verbas, ele disse que "Canalha tem em todo lugar. Nós temos hoje cerca de 120 obras acontecendo em Londrina e não tenho notícias de problemas. Na área da saúde e do lixo é um serviço contante, mas nas obras é um vínculo temporário. Isso seria para desafogar a Usina de Asfalto hoje", comentou.
Rosa afirmou que existem oito milhões de metros quadrados desgastados de asfalto. Ele acredita que um milhão de metros quadrados sejam consertados até o início de 2012.
Para a construção da usina foram investidos R$ 3 milhões, recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A malha asfática produzida tem capacidade para recapear até um quilômetro por dia.
Enquanto isso, obras emergenciais com a operação tapa-buracos, onde é jogado o asfalto no buraco e deixado para que o fluxo de veículos compacte a massa asfáltica são constantes na cidade. Mesmo assim, ineficientes para conseguir resolver os problemas. A Avenida Higienópolis, por exemplo, recebeu a ação emergencial em vários trechos. No entanto, com o alto fluxo de veículos pela via, já há vários buracos enormes na pista de rolamento, oferecendo perigo aos motoristas que trafegam pelo local.
Fonte: O Diario
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