Funcionários municipais lotaram ontem as galerias da Câmara para pressionar contra a aprovação de dois projetos de lei, enviados pelo prefeito Barbosa Neto (PDT), que concedem gratificações de até 70% a apenas 23 categorias de servidores.
O Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv), organizador da manifestação, ameaça paralisar os setores da saúde e da educação se as gratificações “seletivas” prosperarem no Legislativo. Os projetos gratificam médicos, dentistas, enfermeiros, jornalistas, fotógrafos, integrantes da banda municipal e uma série de profissões dos quadros da Prefeitura a título de “Adicional de Responsabilidade Técnica”.
O Sindiserv quer que a Prefeitura recomponha integralmente o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) no lugar de conceder gratificações que, na visão do sindicato, distorcem a política de recursos humanos do Município. “Esses dois projetos atendem 400 funcionários enquanto 9 mil precisam de reposição”, afirma Marcelo Urbaneja, presidente do Sindiserv. Segundo ele, a manifestação na Câmara serviu para que os vereadores “comecem a repensar melhor a questão”. Para Urbaneja, a concessão das gratificações setorizadas “repete os erros do passado”, quando a gestão petista foi criticada por conceder benefícios que agravaram as diferenças salariais.
Sandra Graça (PDT) frisou que “há 11 anos” não há uma política salarial justa para os funcionários municipais de forma integral. “É preciso lutar por salários, não por abonos e gratificações que depois caem”, discursou. Para a vereadora, “o que a Prefeitura quer é rachar a categoria do funcionalismo público” com o envio dos projetos de aumento seletivo para votação dos vereadores. As propostas ainda não tem data para votação e estão nas comissões internas da Câmara.
Fonte: JL
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