segunda-feira, 5 de setembro de 2011

NA JUSTIÇA

Prefeitura autorizou que algumas linhas de ônibus do transporte coletivo circulem sem cobradores. Para sindicato, atribuir funções desses profissionais aos motoristas é “humanamente” impossível

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol) ingressará com uma ação na Justiça para evitar a retirada dos cobradores dos ônibus do transporte coletivo. No início deste mês, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) autorizou a empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) a retirar os profissionais de determinadas linhas.

O presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, informou que o embasamento da ação será o Acordo Coletivo. De acordo com ele, o documento prevê que determinadas linhas podem circulam sem cobradores diariamente das 19h às 5h e aos domingos e feriados. “Fora desse acordo pode ser considerado uma desobediência”, afirmou.

Para Silva, “é humanamente impossível” atribuir todas as funções do cobrador para o motorista. Ele afirmou que o sindicato quer impedir que o profissional se “transforme em multifunções”. “Dirigir com segurança, cobrar passagem, cuidar do troco, fazer caixa, auxiliar pessoas com deficiência que usam os ônibus e cuidar das portas para entrada e saída de passageiros é impossível para uma pessoa só.”

Reunião com MP

A retirada dos cobradores será discutida em uma reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) na tarde desta segunda-feira (5). O presidente do sindicato afirmou que o objetivo é buscar apoio do MP na “luta” para evitar a saída dos profissionais. “Queremos a intermediação do Ministério Público para evitar uma paralisação do sistema”, ressaltou.

Sem demissões

Um dos pontos que mais atingem a categoria é a ameaça iminente de demissão. No entanto, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) afirmou, em nota, que a intenção das empresas não é demitir, mas tentar realocar os cobradores para outras funções. A retirada dos profissionais não se dará em todas as linhas de ônibus e será feita de forma gradual.

Fonte: JL

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