quarta-feira, 28 de setembro de 2011

EMANCIPAÇÃO DA WARTA

Considerando-se “abandonados” há 12 anos pelo poder público municipal, comerciantes da Warta estão organizando um movimento para tentar emancipar o distrito, transformando-o em município. Segundo dados do Censo 2000 do IBGE, a localidade conta com 1.497 moradores.
O grupo tem se reunido constantemente – amanhã é dia de reunião – e já começa a procurar deputados para buscar apoio para a causa. Os moradores já se reuniram com o deputado federal Nelson Padovan (PSC) e disseram que pretendem procurar os londrinenses André Vargas (PT) e Alex Canziani (PTB), representantes na Câmara Federal, além de Luiz Eduardo Cheida (PMDB), único da cidade na Assembleia Legislativa. “Há 12 anos tínhamos cartório, banco, delegado ‘calça-curta’ [um delegado que não era de carreira, mas ajudava na segurança], subprefeito e alguma representação política. Agora não temos mais nada”, reclamou o comerciante Adílson Myszynski, um dos participantes do movimento.

Myszynski reclama que mesmo a quadra de futebol de salão do distrito era mantida pela Associação dos Moradores, que foi desativada e lembrou que o distrito tem um prédio escolar que é dividido pela Prefeitura e o Estado. Jair Cupini, também comerciante e integrante do movimento que ensaia levantar a bandeira da emancipação, conta que o campo de futebol do distrito está para ser leiloado por causa de uma dívida de IPTU estimada em R$ 80 mil. O campo era do clube de futebol da Warta, a Associação 21 de Julho, que disputava campeonatos amadores. “Até os estagiários da Fundação de Esportes, que davam escolinha de futebol não aparecem há cinco meses”, completou Cupini. Também entram na lista de reclamações outros problemas como a falta de saneamento básico.

Insegurança
Além dos problemas de estrutura, os moradores da Warta – que não escondem o orgulho ao falar que se trata do “distrito mais bonito de Londrina” – se queixam da falta de segurança. Seguidos assaltos ocorridos no distrito atemorizam e chamam a atenção para a falta de policiamento na região, o que facilita a vida dos ladrões e dificulta a vida dos moradores. Um exemplo é a sala de inclusão digital montada pela Prefeitura. Conforme Myszynski, a sala foi roubada numa madrugada deste ano, os computadores levados e o local desativado. Ele contou que os moradores já pensaram em contratar segurança privada, mas declinaram da ideia porque a conta ficaria muito “salgada” – R$ 9 mil mensais para ter dois guardas.

Cupini, que também foi alvo de assaltos, diz que o movimento de emancipação está “tentando atrair a atenção do prefeito, dos vereadores, das autoridades”. “A Warta é totalmente independente, tem um comércio forte e o que paga em tributos, não recebe de volta”, reclama Cupini. “Com poder político, a estrutura vem”, conclui Myszynski.

Outro lado

O Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina negou a queixa dos moradores da Warta de que o distrito estaria abandonado. O N.Com citou a base da Guarda Municipal (leia texto nesta página), unidades do Minha Casa, Minha Vida, o projeto de um prédio para a escola municipal e a futura instalação de uma academia ao ar livre.

O deputado federal Nelson Padovani (PSC) foi procurado no seu gabinete, em Brasília, mas a assessoria de imprensa informou que ele estava numa reunião. Os deputados federais Alex Canziani (PTB), André Vargas (PT) e o estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) não foram localizados.

Fonte: JL

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