quarta-feira, 13 de abril de 2011

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Londrina - A Sociedade Paranaense de Cardiologia comandou uma pesquisa inédita no Brasil para detectar o nível de conhecimento da população sobre doenças e emergências cardiovasculares. Os resultados apontados assustam, já que essas enfermidades matam 800 mil pessoas por ano no País.

''O que vimos nessa pesquisa é um desastre nacional. As pessoas não têm noção de que as doenças cardiovasculares, que são ataque cardíaco e AVC, são as que mais matam no Brasil'', afirmou o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia e idealizador do estudo, Manoel Canesin.

A pesquisa, que será divulgada no Congresso de Cardiologia, em maio, em Curitiba, ouviu 810 pessoas, com idade média de 32 anos, entre os meses de novembro de 2010 e janeiro de 2011. Os entrevistados foram divididos em seis categorias, como médicos, jornalistas e estudantes, das regiões metropolitanas de Londrina e Curitiba.

O questionário formado por dez perguntas com alternativas de múltipla escolha foi aplicado por avaliadores, que se fizeram presentes no momento da resposta. Entre as questões, os entrevistados apontaram o acidente de carro como a principal causa de morte no País e o câncer entre as doenças das quais as pessoas têm mais medo de morrer. ''O acidente de carro não chega aos pés do número de mortes causadas pelas doenças cardiovasculares.''

O levantamento, feito em parceria com um grupo de cardiologistas da Universidade Positivo, de Curitiba, também revelou que as pessoas não sabem reconhecer os sintomas de infarto ou de AVC. Ainda de acordo com a pesquisa, até mesmo os médicos se confundem, uma vez que dos 104 entrevistados apenas 10,6% deles apontaram o ataque cardíaco como a causa número um de mortes. O AVC vem como segundo fator de óbito no Brasil. Vale dizer que até um ano atrás esse quadro era o inverso.

''Mesmo as mortes estando ligadas ao sistema cardiovascular como um todo, somente 10% dos médicos assinalaram o maior motivo corretamente. Isso também preocupa'', acrescenta.

Fonte: Folha de Londrina
Elaine Souza





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