Antigamente bastava ser boa esposa, cuidar da casa e dos filhos para que a mulher se sentisse plena e realizada. Hoje em dia, com o seu universo ampliado, a mulher tem múltiplos interesses e apresenta várias facetas, aumentando muito o número de desafios a serem encarados e multiplicando suas responsabilidades.
Mulher, mãe, filha, dona-de-casa, companheira, amante, profissional competente e de quebra, estudante pois é preciso manter-se atualizada. UFA!!! São muitas tarefas para um só ser humano e, como é praticamente impossível abarcar e realizar todas elas ao mesmo tempo, vem a terrível sensação de “não estou dando conta do recado”.
Olhando a interminável lista de tarefas, vem um cansaço, um desânimo, uma vontade de largar tudo, porque por mais que se faça, nunca é o suficiente, sempre sobra algo para fazer no dia seguinte. Quando um lado está bem, outro está pendente e nunca se tem a sensação de dever cumprido por completo.
Tenho atendido em meu consultório muitas mulheres nesta situação: estressadas, desanimadas com o acúmulo de responsabilidades e um tanto “perdidas” na organização de seu tempo, além de estarem com a autoestima baixa pelo fato de não conseguirem dar conta do excesso de tarefas a que se propuseram realizar.
Sempre me lembro de uma história contada pela minha mãe: Uma amiga dela deu um jantar num domingo para 30 pessoas e contava com a empregada na segunda-feira para arrumar, limpar e lavar tudo. Às 9h30 da manhã ela percebeu que tinha levado um cano. À beira do desespero e com uma pia coberta de louça suja, a casa desarrumada e atrasada pro trabalho, ela se deu conta do absurdo da situação e de que não adiantava entrar em pânico. Então se sentou calmamente, pegou uma laranja, descascou-a e começou a comê-la saboreando cada pedaço. Ela fez de forma espontânea o que todas nós deveríamos fazer em situações de estresse: parar, respirar e reorganizar as prioridades.
Fonte - Laura Monteiro
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