O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), foi convocado para depor no Ministério Público sobre possíveis irregularidades no treinamento da Guarda Municipal. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público decidiu retomar o caso depois de receber os relatórios resultantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que apurou o caso.
A investigação analisa se o curso de formação da Guarda Municipal foi realmente realizado pela empresa contratada pelo serviço ou foi ministrado pela Polícia Militar. O relatório da vereadora Lenis de Assis (PT) da CEI da Guarda Municipal mostrou que a empresa Delmondes & Dias só foi contratada 49 dias depois do início das aulas, mas recebeu o pagamento como se tivesse atuado em período integral.
Barbosa Neto comentou a sua convocação para depor durante a manhã desta quinta-feira (21). "É uma prerrogativa do MP que está cumprindo com seu papel. Eu recebi um fax ontem [quarta-feira] no final da tarde e eu vou responder ao promotor do Patrimônio Público", contou. O MP já ouviu o capitão da Polícia Militar, Marcos Ginotti, e o secretário municipal de Governo, Marco Cito, que estava à época da formação da Guarda na Gestão Pública.
O dia em que o prefeito irá depor ainda não está definido. "Eu não sei ainda essa data, eu quero ter mais informações a respeito disso. O ofício chegou no final da tarde, eu não tive tempo de falar com nossos advogados, mas vamos marcar essa data dentro do tempo hábil que eles precisam para terminar a investigação", informou.
Durante as investigações da CEI da Guarda Municipal foi descoberto que a empresa Delmondes & Dias não teria uma sede própria, nem ao menos funcionários, mas mesmo assim foi contratada pela Prefeitura Municipal de Londrina. Barbosa Neto foi questionado se sabia do fato, mas desconversou e colocou a culpa em cima do ex-secretário municipal de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci.
"Eu demiti o secretário, isso é uma ilação. Nós acreditamos no trabalho do secretário, eu não sei se isso é verdade, não podemos fazer aqui nenhuma condenação. Quando houve irregularidades na contratação de diversas outras ações, nós determinamos a abertura de uma sindicância, fizemos aqui um processo interno, encaminhamos até para o Tribunal de Contas, o Ministério Público e para a própria Câmara", afirmou.
Apesar de Barbosa Neto tentar se eximir da responsabilidade sobre as supostas irregularidades, ele ainda pode ser condenado. Além da investigação do Ministério Público, a Câmara vai votar no dia 2 de agosto a abertura de uma possível comissão processante contra o prefeito.
O caso também já rendeu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), composta pelo vereador Jairo Tamura (PSB), Lenir de Assis (PT) e Tito Valle (PMDB). O relatório da vereadora Lenir foi rejeitado pelos dois outros membros porque responsabilizava o prefeito Barbosa Neto. Tamura e Valle confeccionaram um novo relatório que caiu no descrédito dos outros vereadores e foi rejeitado em plenário, no mês de junho.
Por causa da rejeição do relatório oficial da CEI, a CP será votada.
Fonte: Odiario.com
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