O veículo cedido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para o projeto Caminhão do Peixe, em Londrina, está parado no pátio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A alegação é que desde que começou a atender a população, no dia 21 de março, o caminhão apresentou problemas com a câmara fria e de acessibilidade para o consumidor.
De acordo com a secretária de Agricultura, Marisol Chiesa, um relatório sugerindo alterações no caminhão foi encaminhado para o ministério. O caminhão conta com uma carroceria frigorífica com capacidade de armazenar e congelar mais de 3,5 toneladas de pescado. Por semana, visitando feiras e associações de bairros, era vendido em média quase uma tonelada de peixes como tilápia inteira limpa, porquinho, filé e polpa de tilápia e pacu inteiro limpo e em postas.
“O projeto é para atender a população e precisa que o caminhão esteja funcionando 100%, e não é o caso. O caminhão apresentou problemas, por exemplo, na câmara frigorífica, o que prejudica a manutenção do pescado, podendo ser prejudicial à saúde da população. E se isso acontecesse, a responsabilidade seria nossa”, justificou Marisol.
O Ministério da Pesca e Agricultura, por meio da assessoria, afirmou que cada caminhão do projeto possui garantia de um ano e que problemas técnicos podem ser reparados. A assessoria disse que, até ontem, não havia recebido nenhum relatório solicitando alterações no caminhão de Londrina.
A presidente da Associação Norte Paranaense de Aquicultores (Anpaqui), Petra Maria Wagner, explicou que além das alterações técnicas e de acessibilidade necessárias ao caminhão, outro problema enfrentado até agora é a necessidade de um ponto de energia elétrica em cada local fixo de atendimento. “Estamos analisando quatro pontos para instalação de relógios de energia para o funcionamento da câmara frigorífica do caminhão. Depois disso, a população será informada sobre os locais onde o caminhão atenderá.”
Um das reclamações dos consumidores é a falta de divulgação do ‘calendário’ da peixaria itinerante. Para a dona de casa Maria de Lurdes Morais, moradora do Parque Ouro Branco, zona sul, o ideal seria saber a data certa da ida do Caminhão do Peixe até seu bairro, para que possa “reservar mais dinheiro para comprar mais”.
O produtor Alessandro Alves Moreira, proprietário do frigorífico Ictus, revendia tilápia para o projeto, mas diz que não está sendo afetado com a paralisação temporária do projeto, pois repassava apenas uma parte de sua produção -“200 quilos por semana” - para a revenda.
Fonte JL
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