quarta-feira, 30 de maio de 2012

OLHA A DENGUE AÍ GENTE

Locais públicos apresentam problemas de acúmulo de água parada, criando o ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A reportagem da FOLHA circulou por algumas regiões em que a água parada tornou-se comum a cada chuva, preocupando moradores e frequentadores. São espaços como o entorno do Aeroporto Governador José Richa, o Centro Social Urbano da Vila Portuguesa e a Praça Tomi Nakagawa.

A Praça Tomi Nakagawa, na Região Central, fica ao lado do Pronto-Atendimento Infantil e do Pronto-Atendimento Municipal, unidades em que circulam pessoas doentes, algumas delas que podem até estar com a doença. Em um dos chafarizes, localizado junto a um monumento, o espelho d'água está inativo, no entanto, há um acúmulo água da chuva.

A dona de casa Claudinéia Siqueiram, que levou seus filhos com sintomas de uma gripe forte para o PAI, relatou que a praça deveria estar mais bem cuidada e que a prefeitura deveria estar mais atenta a esse problema da doença. ''Quando inauguraram a praça estava tudo bonito, mas o descuido tomou conta daqui. Como mãe eu fico com medo de que algum mosquito infectado passe a doença para a gente'', observou.

''O problema não está só aqui na Praça Tomi Nakagawa. Está em vários locais públicos. No bairro onde moro, no Jardim Nova Olinda (Zona Norte), os canteiros centrais também estão sujos, com copos plásticos que acumulam água parada'', reclamou o vendedor Guilherme Oliveira.

Ao longo da Avenida Salgado Filho, nas proximidades do Aeroporto (Zona Leste), é possível ver o lixo espalhado às margens da via. O problema afeta principalmente os moradores da região do bairro Pequena Londres, que precisam conviver com essa paisagem degradante e com as consequências do acúmulo de água nos recipientes jogados.

A dona de casa Sidiane Santiago observou que falta educação à população, mas também zelo dos responsáveis pela administração pública, que não realiza a limpeza como deveria. ''A gente vive juntando lixo na rua, que deveria ser recolhido pela prefeitura'', relatou.

Outra preocupação da moradora é o acúmulo de água na cabeceira da pista do aeroporto, no local onde são realizados exercícios de simulação de acidentes aeronáuticos. No local existe uma calçada de concreto com módulos de cerca de 10 cm de profundidade que acumulam água. ''A Infraero deveria dar o exemplo, já que é uma empresa pública'', cobra.

Na Vila Portuguesa (Zona Leste), um córrego corta a principal área de lazer do bairro, que também é um local propício para a proliferação do mosquito da dengue. Às margens de alguns pontos encontram-se garrafas plásticas.

A moradora Camila Alves acredita que a população deveria tomar a iniciativa de limpar o local. ''Se depender da prefeitura aqui fica abandonado. E aqui tem vários locais onde a água fica parada, como a pista de skate e o campo de futebol'', enumerou.

Fonte:FL
Vítor Ogawa
Reportagem Local

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