segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

RECICLAGEM

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) pode assumir ou contratar uma empresa para a coleta de lixo reciclável em 43 mil domicílios de Londrina que seriam atendidos pela Coocepeve, cooperativa que reúne 160 catadores. Atualmente, a coleta de recicláveis de outros 190 mil domicílios é feita por duas cooperativas, a Coopersil e a Cooprelon. Ambas assinaram um contrato com a CMTU em novembro do ano passado e receberão quase R$ 2,8 milhões por seis meses de serviço.

As negociações para a contratação da Coocepeve se arrastam há mais de um mês. De um lado, a presidente da Coocepeve, Sandra Araújo, alega que a CMTU não teria discriminado as áreas a serem atendidas, nem o valor da remuneração dos catadores. De outro, o órgão municipal garante ter entregado todos os documentos necessários para a contratação.

Ela [Sandra Araújo] já tinha recebido dez dias antes o mapeamento das áreas e o valor a ser pago. Aí ela pediu a minuta do contrato. Não vai ser encaminhado o contrato que ela vai assinar. O contrato não vai sair da CMTU. Toda essa documentação a Coocepeve já tem detalhadamente”, afirmou Nadai.

Para o presidente da CMTU, a Coocepeve tem demonstrado interesse em não assinar o contrato. "Se precisar assumir esse serviço, vamos assumir. Se precisar terceirizar, vamos terceirizar”, reforçou.

O advogado da Coocepeve, Dely Dias Neves, nega que a cooperativa esteja colocando empecilhos para a formalização do contrato. Na última sexta-feira (20), foi protocolado um requerimento para que a CMTU explicite as áreas que serão destinadas à Coocepeve.

“O contrato traz algumas exigências que só dá para saber se dá para cumprir dependendo da área que seria destinada. Eles pedem para que ela alugue um barracão, mas como? Quem será o fiador? Aliás, se não sabem a região onde vão trabalhar, como vão alugar o barracão? É uma questão de logística”, questionou.

Na opinião do advogado, a administração municipal tem demonstrado falta de interesse no contrato com a Coocepeve. “Parece que eles é que não querem esse contrato.” O prazo final para que o município contrate ou não a cooperativa termina nesta semana.

Fonte: JL

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