sábado, 7 de janeiro de 2012

SOM ALTO

Moradores do entorno de duas das principais praças de Londrina reclamam de abusos por parte de alguns ''frequentadores'', por colocar o som alto de carros e também por consumo de drogas. Relatos de moradores expõem que o problema se agrava durante os fins de semana.

O contador Karl Ellwein relata que mora a 800 metros da Praça Nishinomiya, na Zona Leste, e, apesar da distância, é incomodado pelo som dos equipamentos de áudio dos automóveis. Ele relata que o barulho o obriga a fechar as janelas de sua casa mesmo em dias quentes. ''Já faz sete anos que moro aqui e no ano passado o problema se agravou'', afirma. ''Já liguei para a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Instituto Ambiental do Paraná, Polícia Ambiental, Guarda Municipal e Polícia Militar, mas ninguém conseguiu resolver o problema'', reclama.

Outros moradores da região também afirmam que ligaram para esses órgãos públicos. A dona de casa Ana Cristina Martins dos Santos, a secretária Sandra Faria e o corretor de imóveis Ivan Giangareli moram na mesma rua, a menos de 100 metros da praça, e relatam que diante desse quadro é impossível falar ao telefone, assistir televisão, conversar com as pessoas dentro da casa.

Giangareli destaca que o som da turbina dos aviões incomoda menos do que o emitido pelos equipamentos de áudio dos carros. ''Quando chega o fim de semana a praça se transforma em um 'inferno'', relata Giangareli. Ana Cristina conta que existe até uma disputa de som automotivo. ''Eles também fumam maconha e consomem muito álcool'', denuncia. Sandra trabalha no Aeroporto e relata que já foram encontradas drogas nos banheiros. ''Quando a polícia aparece na praça eles se refugiam no banheiro do aeroporto'', revela.

Na praça Tomi Nakagawa, na Área Central, o problema com as drogas se repete. Segundo moradores da região, muitos viciados realizam pequenos furtos para comprar pedras de crack e há casos de prostituição na praça.

O zelador Nelson Ferreira da Costa mora na Rua Ouro Preto, próximo à Praça Tomi Nakagawa, e conta que os usuários de drogas ficam na região durante o dia todo e frequência se intensifica à noite. Outra moradora da região, Nadir Quiles da Cunha, reside no mesmo lugar há 25 anos e expõe que desde que se mudou para lá presencia viciados andando pelo local. ''Essas pessoas destroem tudo na praça e até fazem sexo lá'', destaca.


Vítor Ogawa
Reportagem Local

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