quarta-feira, 23 de março de 2011

JL DIVULGA PROTESTO NO PAI

Mães fecham rua do PAI e ameaçam invadir prédio

Mães que aguardavam para que os filhos fossem atendidos perderam a paciência e fecharam a esquina das ruas Benjamin Constant e Mato Grosso, em frente à unidade, para protestar contra a demora no atendimento.

Mais um dia de sala de espera lotada no Pronto-Atendimento Infantil (PAI) de Londrina gerou tumulto na tarde desta quarta-feira (23). A confusão começou depois que um médico deixou o plantão na unidade. Ele estaria trabalhando há mais de 12 horas. Revoltadas, mães que aguardavam atendimento perderam a paciência e fecharam a esquina das ruas Benjamin Constant e Mato Grosso, em frente à unidade, por cerca de uma hora, para protestar contra a demora. Guardas Municipais chegaram ao local porque os pais ameaçavam invadir o prédio.

Para se ter uma ideia da demora, por volta das 15h, a senha de número 39 foi chamada para atendimento. A mãe havia chegado ao PAI às 8h30 da manhã, ou seja, esperou quase sete horas para conseguir uma consulta com o médico. A grande revolta dos usuários é porque apenas um médico atende na unidade nesta quarta. A sala de espera estava lotada e grande parte das pessoas chegou ainda de manhã para receber atendimento.

Fabiane Tarelho, que chegou às 11h, pegou a senha de número 96. “Eles não explicam o porquê da demora”, reclamou. De acordo com os funcionários, era necessário pelo menos quatro médicos para atender a demanda, mas apenas um atendia na unidade por volta das 15h.

Lucimara Carvalho Piccoli chegou ao PAI por volta das 8h20 de terça-feira (22), com a filha de 11 meses, que estava com febre. Conseguiu ser atendida à 1h desta madrugada. Saiu da unidade por volta das 3h. Nesta quarta, precisou voltar ao PAI para que a filha fizesse um raio-x.

Chegou ao local por volta das 10h, pegou a senha de número 70 e deve aguardar ainda várias horas para ser atendida. “A média de espera por atendimento é de 13 horas. Precisa falar para o Barbosa vir aqui”, desabafou Marcos Ferreira.

A reportagem do JL ligou para o celular da secretária municipal de saúde, Ana Olympia, mas o celular dela estava desligado. Os telefones da Secretaria de Saúde estavam ocupados por volta das 15h30.

Fonte: JL

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