Medida passa a ser adotada a partir de quarta-feira. A confirmação da doença será feita por critérios clínicos e epidemiológicos, com algumas exceções
A partir da próxima quarta-feira (16) o trabalho de controle à dengue em Londrina vai contar com uma nova ferramenta, que deve melhorar o fluxo de informações sobre a epidemia e permitir ações mais rápidas contra o mosquito Aedes aegypti. Por determinação do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Municipal de Saúde passará a adotar o critério clínico e epidemiológico para a conclusão de casos de dengue na cidade. Isso significa que a confirmação da doença será feita sem a necessidade da coleta de exames sorológicos, com algumas exceções.
A confirmação clínica se dará a partir da identificação de pelo menos dois sintomas típicos da dengue, que são febre, dor no fundo dos olhos e nas articulações, vômito ou dores abdominais, explicou o coordenador da Sala de Situação da Dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Ronaldo Trevisan. Já o critério epidemiológico consiste em verificar se o paciente mora ou trabalha numa região de grande infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Saiba maisComitê quer que Município cumpra com obrigaçõesNúmero de contaminados pela dengue se estabiliza em LondrinaSesa confirma sexta morte por dengue no ParanáSesa confirma sexta morte por dengue no ParanáA Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) do Paraná confirmou nesta segunda-feira (14)a sexta morte por dengue no Paraná. A vítima foi uma jovem de 19 anos, que morreu de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) em Cambará, no Norte Pioneiro. As outras cinco mortes foram registradas nos municípios de Londrina (2) e Jacarezinho (3).
O Paraná já notificou 19.215 casos suspeitos de dengue e confirmou 3.333. Apenas 120 são importados. Londrina apresenta o maior número de casos, com 1.648 confirmações da doença. Já os municípios com maior incidência de dengue no Paraná, para cada 100 mil habitantes, são Jacarezinho, Cornélio Procópio e Jataizinho.
Essas medidas, segundo Ronaldo Trevisan, vão dar condições para que a Vigilância Epidemiológica tome medidas com mais rapidez e possa destinar mais tempo a outras questões importantes, como o acompanhamento de casos graves, por exemplo. “Melhora o fluxo de informações”, garantiu.
O coordenador da Sala de Situação da Dengue explicou que a medida é aplicada a partir do momento em que o município atinge mais de 300 casos por 100 mil habitantes, como ocorreu com Londrina na semana passada, quando foram confirmados mais de 1,5 mil casos de dengue e passou a ser considerada oficialmente em estado de epidemia.
Para os pacientes não haverá alterações, já que todos os casos suspeitos que chegam aos postos de saúde são tratados como dengue. A coleta de exames continuará sendo feita em pacientes graves, com suspeita de Dengue com Complicação (DCC) ou Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), gestantes, crianças menores de cinco anos que apresentem manchas vermelhas pelo corpo, além dos óbitos suspeitos pela doença.
A gerente de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Sandra Caldeira, disse que aguarda a nota técnica do MS para aplicar a medida. Ela afirmou que os 6.630 casos notificados na cidade não serão automaticamente confirmados.
Segundo Sandra, além dos 1.648 já confirmados e 587 descartados, já foram colhidos exames sorológicos de vários pacientes notificados e ainda resta colher outro montante. “A partir de quarta, aqueles [pacientes] que derem entrada [nas UBS] não precisarão coletar”, afirmou .
Fonte: Jornal de Londrina
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