quarta-feira, 23 de março de 2011

AUMENTO DE RISCO DE DENGUE

Abandono aumenta risco de dengue

Situação de alguns imóveis públicos, com mato e sujeira, preocupa moradores

Na Praça Rocha Pombo, água parada e suja; Vigilância garante monitoramento constante

Terreno no Aeroporto está tomado pelo mato há vários anos, segundo uma moradora,prédios, terrenos e praças que poderiam ser exemplos de limpeza por parte do poder público para evitar a proliferação do mosquito da dengue, entre outros problemas, ainda têm deixado a desejar. Os números alarmantes de casos confirmados em Londrina - mais de 1,6 mil - podem aumentar se áreas como essas não forem monitoradas com mais atenção. Essa situação preocupa moradores não só da Área Central, mas de outras regiões da cidade.

No Bairro Novo Aeroporto (Zona Leste), dois imóveis pertencentes à Força Aérea Brasileira (FAB) - Comando da Aeronáutica - estão abandonados há anos. Uma casa localizada na Rua Bagatelli está totalmente tomada por mato e sujeira. A poucos metros dali, outro terreno também apresenta grande quantidade de árvores e mato ocasionando transtornos aos moradores.

''Além do risco do surgimento de focos da dengue minha casa está o tempo todo tomada por ratos, baratas, aranhas e outros insetos. Alguém precisa fazer alguma coisa e limpar isso aí'', reclama Luzia Lopes Balikian, que já morou no imóvel há sete anos, na época que o marido trabalhava na Aeronáutica como civil. ''Desde que deixamos a casa só vimos uma vez o imóvel ser limpo'', comenta.

Na Área Central de Londrina, pontos como o Bosque Municipal e a Praça Rocha Pombo apresentam problemas de acúmulo de água. A fonte da praça localizada em frente ao Museu de Londrina está com água parada e suja. Já no Bosque o problema é com o acúmulo de água nos buracos que ficaram depois da retirada das grades.

O diretor de Saúde Ambiental da Vigilância Sanitária, João Martins, explica que o município tem monitorado essas áreas. Ao todo são 350 pontos estratégicos, como ferros-velhos e borracharias, entre outros. Segundo ele, são aplicados produtos químicos na água para evitar a disseminação das larvas. ''Ainda assim já solicitamos para que a Secretaria de Obras possa providenciar a manutenção dessas grades no Bosque porque não temos como continuar indo de 15 em 15 dias lá para isso. É preciso que o problema se resolva'', enfatizou.

Emergencial

Em relação aos imóveis da FAB, o Departamento de Comunicação do Comando da Aeronáutica informou à FOLHA que já providenciou a presença de um militar no local para avaliar a situação da casa e do terreno. Ainda nesta semana, garantiu, será realizada uma limpeza nos locais, em caráter emergencial. A FAB se comprometeu também de providenciar a manutenção dos pontos para que o problema não volte a repetir.

Fonte: FL
Fernanda Borges
Reportagem Local

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