terça-feira, 3 de julho de 2012

ELEICOES

Em uma semana, 1.835 eleitores participaram de uma enquete do Portal Bonde e responderam a seguinte pergunta: "Você já tem um candidato 'favorito' para as próximas eleições em Londrina?".


O resultado mostrou que 38,85% já decidiram em quem vão votar no pleito de outubro próximo; 23,43% participantes responderam que querem esperar a campanha começar para decidir o voto e 37,72% disseram que pretendem votar em ninguém. Ou seja, quase 40% do total dos eleitores participantes devem justificar ou anular o voto ou votar em branco.


No entendimento do sociólogo Marco Rossi, a pesquisa do Bonde reflete o cenário registrado nas últimas eleições, quando, segundo ele, grande parte dos eleitores preferiram não ir às urnas e descartar o voto. "Vivemos um período de desencanto da população com o pleito. Ao passo que temos o amadurecimento das instituições políticas, vemos que o povo não se sente 'abraçado' pelas ações e propostas apresentadas pelo homem público", analisou.


De acordo com Rossi, a falta de interesse do político na resolução de problemas críticos, como o desemprego e a baixa qualidade de vida, por exemplo, afasta gradativamente o eleitor da vida pública de seu candidato. "Isso atrapalha a democracia, que exige um cidadão político atuante, que fiscalize e monitore as ações colocadas em prática pelo poder público", argumentou. "O problema é que a população prefere não acreditar e, com isso, esquece de cobrar. Há um 'descolamento' das instituições políticas do dia a dia da população", completou.


O desinteresse e o comodismo, segundo o sociólogo, refletem na falta de autonomia do eleitor. "Existe um pensamento, da época da ditatura, de que o governo precisa cuidar da população. É mais fácil para o povo ficar esperando pelas resoluções, que nunca chegam, do que sair às ruas protestar e cobrar pelos seus direitos. O eleitor precisa ter uma ligação direta com a prefeitura, a Câmara, as associações de bairros, grêmios estudantis. Ele precisa dinamizar a participação nas instituições e, assim, transformar a política em uma coisa atraente", ressaltou.

Fonte+FL

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