O resultado do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Lira), realizado entre os dias 26 e 30 de março e divulgado nesta segunda-feira (2), mostra que o baixo número de casos da doença registrado este ano fez com que a população se descuidasse das medidas preventivas contra a proliferação do inseto. O índice de infestação subiu de 1,7 em janeiro para 2,8 no mês passado e elevou o estado de alerta da cidade contra a dengue. A zona leste da cidade continua sendo a região mais crítica.
O coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Elson Belisário, informou que apesar do aumento o índice ainda não é considerado de risco por conta da estação do ano, o outono. “Segundo o Ministério da Saúde, os meses mais complicados são de novembro até o começo de março”, afirmou. Ele atribuiu o aumento no índice de infestação ao descuido da população e também à desestruturação do setor de endemias em Londrina, que passou por uma transição de funcionários. “Estamos recebendo os primeiros profissionais concursados. No dia 16, os 260 novos agentes estarão nas ruas”, garantiu.
A região leste foi a que apresentou a situação mais crítica, com índice de infestação de 3,69. Atrás dela estão as regiões oeste (3,02), central (2,82), sul (2,56) e norte (2,34). O coordenador de endemias informou que na região que concentra o maior número de focos do Aedes aegypti uma equipe de agentes realiza um trabalho efetivo de visitas nos domicílios num intervalo de 30 dias, e não 60 como é o padrão. Naquela região, o depósito de lixo nos quintais e a sujeira em alguns fundos de vale, principalmente no Córrego das Pedras, contribuíram para a elevação do índice.
Belisário ressaltou que a população precisa contribuir com a Secretaria de Saúde durante todo o ano e principalmente nesse período de prevenção. “Temos quatro meses para prevenir, retirar criadouros, para viver uma situação mais tranquila no final do ano. A população não pode se acomodar.”
Belisário destacou que as próximas ações do Município são a estruturação do setor de endemias, capacitação dos novos agentes, e a continuação do trabalho preventivo com mutirões, em parceira com a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). “A partir de amanhã (3), todos os agentes vão fazer o bloqueio nos imóveis onde foram encontrados os focos e num raio de até 150 metros dos domicílios.”
Fonte: JL
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