Na década de 50, quando nasci e fui apresentado a Londrina, o Bosque já existia. Na minha infância, eu ia muito lá. O local era um mini zoológico. Era uma festa ver os animais e dar comida aos macacos. Na adolescência, embarquei e desembarquei muito lá, pois o Bosque funcionava como um verdadeiro terminal urbano. Tudo isso sem contar as inúmeras partidas de futebol de salão, na quadra onde participava gente de todas as regiões da cidade. Ali, no bosque, namoros começaram e terminaram, sem contar os encontros furtivos de amantes apaixonados, sempre com a cumplicidade das árvores nativas. O velho Bosque é o coração de Londrina, ou melhor, era.
Agora um aventureiro travestido de prefeito e sem compromisso nenhum com a história da cidade quer exterminá-lo, assim como fez com o Calçadão. Londrinenses, fiquem atentos! Logo o prefeito derruba a Concha Acústica, aterra o Igapó e põe abaixo o relojão. Depois, da mesma forma que chegou a cidade, num passe de mágica ele some, e nossa querida Londrina fica jogada às traças, aliás, como já está há três anos.
Antonio Santiago
(Gazeta Maringaense
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